segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vanessa tem medo do Pai




A ex-concorrente jura ter contado a verdade sobre a sua vida, revela como a mãe reagiu às cenas de sexo com Nuno e admite que gostaria de ter um bebé... feito na Casa.


É numa conversa com as emoções à flor da pele que Vanessa nos dá uma das primeiras entrevistas após a expulsão. “Não soube o que é ser criança”, começa por nos contar, com a voz trémula. O segredo que levou para a Casa – “Fui vítima de trabalho infantil” – emocionou os portugueses.

Aos oito anos, enquanto deveria estar a brincar com bonecas, a jovem carregava baldes de massa, como um qualquer operário da construção civil. “O meu pai obrigava‑me a trabalhar. A mim e ao meu irmão. Praticamente fomos nós que construímos a nossa casa de raiz. Éramos obrigados a faltar às aulas quando ele queria e a trabalhar, também, na oficina. Se não fizéssemos exatamente o que ele pedia, tornava‑se violento”, recorda.

Ainda assim, neste momento, Vanessa prefere esquecer os episódios dolorosos. A infância perdida, o trabalho forçado e a agressividade do pai pertencem agora ao passado e deram lugar ao desejo de um futuro risonho ao lado de Nuno e, quem sabe, construir uma família, com filhos que tenham a oportunidade de ser crianças.

Não tive infância, mas já não penso nisso. As coisas na minha cabeça vão sendo esquecidas. As feridas foram cicatrizando. Eu e os meus irmãos sofremos, é verdade. Mas foi a minha mãe quem mais sofreu, porque ficou sozinha a cuidar de nós. Neste momento, não vale a pena estar a pensar no que perdi ou no que sofri. Foi duro e só eu e a minha família sabemos por aquilo que passámos. Porém, sinto que estou a ser compensada. Se eu não tivesse tido a vida que tive, hoje não estaria aqui e a minha história não teria qualquer impacto. Agora, só tenho de pensar que Deus é grande e que o sofrimento valeu a pena”, diz a bailarina.

Apesar de se sentir menos fragilizada, agora que é uma mulher, Vanessa continua a não querer estar com o progenitor e vai mais longe ainda, ao afirmar que nunca sentiu a falta dele. “A última vez que vi o meu pai foi há sete anos. A nossa relação foi cortada. Eu e os meus irmãos, por respeito à minha mãe, deixámos de lhe falar. Nunca senti a ausência dele, porque nunca tive um bom exemplo. Para mim, ele foi sempre um homem mau. Não sei o que é ter um pai”, desabafa, emocionada.

Quando deixámos de estar com ele e passámos a viver só com a nossa mãe, tivemos de começar do zero, mas valeu a pena. A partir daí, nunca senti a necessidade de um pai. Claro que nos primeiros tempos foi difícil, porque a minha mãe tinha de sustentar quatro filhos. Porém, só a partir desse momento é que soubemos o que era viver”, acrescenta. Agora, que abriu o livro da sua vida e revelou o seu segredo, Vanessa não esconde que teme as consequências que o impacto das suas palavras possam vir a ter e receia a reação do pai ao ver a sua vida exposta.

Tenho medo que o meu pai me procure e do que ele possa fazer. Vivo assustada só de pensar que ele se queira vingar ou na forma como o vai fazer. Acho que a nós, os filhos, não fará mal fisicamente, porque somos sangue do sangue dele, mas temo muito pela minha mãe. Ela, nesta história, é o elo mais fraco e receio o que ele lhe possa tentar fazer. Mas não quero, sequer, pensar nisso. Agora, vou proteger a minha mãe. Infelizmente, tenho muito medo do meu pai, porque o conheço bem demais”, salienta.

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