Desapontada com a saída, a madeirense traz à memória o
destino trágico do pai, cujas causas, para ela, permanecem um mistério.
Os resultados da votação não deixaram margem para dúvidas:
64 por cento dos portugueses decidiram que, ao fim de 85 dias, estava na hora
de Petra abandonar o reality show. E foi com surpresa que a madeirense, assim
que soube do veredicto, abandonou a Casa em lágrimas, questionando‑se
constantemente: “Porquê eu?” Passadas as emoções da saída, foi uma concorrente
ainda bastante nervosa que se apresentou diante dos jornalistas, como que a não
querer acreditar no que lhe tinha acabado de acontecer:
“Pensava que depois da discussão com a Tatiana, seria ela a
sair. É verdade que tive uma semana má, todos temos os nossos momentos de
fraqueza, mas se os portugueses tivessem avaliado toda a minha prestação desde
o início, certamente que ainda estaria lá dentro.” Certa de que sempre foi um
alvo a abater, a professora refere que “isto não é uma derrota, mas sim um novo
começo”.
Já sobre a imagem que transmitiu cá para fora, a irmã gémea
de Mara sublinha: “As pessoas acham que saí do manicómio. A verdade é que
existem várias Petras, não sei se imaginam a normal ou a mais extrovertida, mas
se a dar aulas sou mais firme, ali dentro tinha de mostrar tudo o que era, as
minhas diferentes personalidades, e não tive vergonha nenhuma de o fazer.
Sempre fui assim e até a minha mãe ficou surpresa com o que viu.” A par da
tristeza da expulsão, a concorrente também não escondeu que ficou muito
desiludida por um do “responsáveis da sua saída” ser precisamente o namorado da
irmã. Assim, acusa Fábio de ter traído a sua família ao nomeá‑la: “Ele não sabe
se irá alguma vez mais ver a Jéssica quando sair. Já comigo é diferente, pois
anda com a Mara e irá ver‑me mais vezes.”
É por este motivo que a jovem não augura um bom futuro para
este romance: “Eu não acredito naquela relação. Sei que a minha irmã gosta
dele, mas o Fábio não, está apenas a fazer jogo, e assim que chegar cá fora vai
dar‑lhe com os pés. A partir do momento que me nomeou, percebi as suas
verdadeiras intenções.” No entanto quando questionada sobre a razão por que fez
a mesma coisa com o nortenho, ao nomeá‑lo anteriormente, Petra defende‑se:
“Nomeei‑o numa altura em que a relação entre eles não estava ainda definida.
Por outro lado, não gostava da forma como tratava a Mara, era muito machista e
odeio homens assim. Tratava‑a como uma ‘sopeira’, sempre a dar‑lhe ordens, mas
depois fui‑me apercebendo que a sua atitude para com ela foi mudando.”
Papel de vítima?
Uma das imagens de marca da ex‑concorrente era a forma
desinibida com que lidava com o corpo dentro da Casa. Um comportamento que
considera normal: “Não tenho preconceitos em mostrar o corpo.” No entanto, ao
contrário da irmã, que já posou para revistas masculinas, Petra não faz
intenção de seguir‑lhe os passos: “É óbvio que não vou fazer Playboy ou
Penthouse, pois ainda quero dar aulas. A minha irmã já fez algumas produções,
apesar de na Casa se tapar um pouco mais, mas é diferente, já que ela não tem a
minha profissão.”
No entanto, a madeirense não esconde que gosta de cuidar da
imagem, o que a levou, inclusive, a colocar implantes mamários:
“As pessoas
diziam‑me que só tinha rabo, e então tive oportunidade de fazer a operação e
poupei dinheiro. Não fiz nada de gigante, foram apenas 300 gramas. É bom que as
pessoas aceitem o seu corpo tal como é, mas se existe a possibilidade de
melhorar, então porque não fazê‑lo?”, questiona. Uma das notícias que circulam
sobre a irmã de Mara refere que ela havia tentado suicidar‑se poucos meses
antes de entrar na Casa. “Suicidar‑me?”, pergunta, com ar surpreso. “Não, nunca
tentei fazê‑lo. É verdade que fui parar ao hospital, pois senti‑me mal, após
tomar três ansiolíticos. Estava em baixo e muito nervosa, devido às discussões
que tinha com o meu ex‑namorado.”
De igual forma, Petra refuta quaisquer acusações de ter
feito o papel de vítima perante os colegas: “Nunca me fiz de vítima. Se eu
tenho esta capa, foi devido ao meu passado.” E neste seu passado está a morte
do pai, João Spínola, ocorrida há cinco anos, quando caiu da varanda de casa da
avó da jovem: “A morte do meu pai foi mal explicada. Para mim, ainda permanece
um mistério. Tudo isso perturbou‑me imenso, já que nem sequer tive tempo de
fazer o luto, pois fui logo para a faculdade.”
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